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Crítica- Para todos os Garotos Que eu Amei: Ps Eu Te Amo: Uma Sequencia de Erros e Acertos.

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  • 3 de mar. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de abr. de 2020

Nota: 8,0

Quando eu vou assistir uma comédia, tudo o que espero é um filme que seja divertido e me faça vibrar pelo casal principal, e foi exatamente isso o que aconteceu em “Para Todos os Garotos que eu Amei 2 Ps: Eu te Amo”. Pena que eu torci para o casal errado.


No começo acompanhamos o início do relacionamento perfeito entre Peter e Laura Jean. Vemos o primeiro encontro, as piadas de casal, as juras de amor e tudo o que queríamos no primeiro filme, mas o relacionamento dos dois é posto em risco quando o último recipiente das cartas de Lara, John Ambrose, reaparece na vida da jovem e traz à tona sentimentos antigos.


Olha que fofo,eles lendo Harry Potter- Instagram

No começo eu fiquei meio incomodado com o re-casting de John Ambrose, pois uma troca de personagens desse jeito é meio complicada. Porém, no primeiro minuto que Jordan Fisher aparece em cena, você esquece isso e a mudança dele invés de aparecer na porta dela, somente responder a carta dela de uma maneira bem divertida, só faz com a gente se simpatize com o personagem, isso somado com os flashbacks super fofos dele e de Lara Jean criança.


Uma das poucas cenas em que a química dos dois funciona- Netflix

O roteiro do filme é um pouco problemático, pois ao mesmo tempo em que ele adentra na relação entre John e Lara Jean, com diálogos profundos que nos fazem ver que eles combinam juntos, ele também passa a deixar o Peter um pouco de lado. Em todos os momentos você é levado a torcer para esse novo casal e o antigo pretendente, parece ser uma pessoa distante e sem o carisma que nós fez gostar tanto dele no primeiro filme. Além disso, o roteiro tenta colocar algumas informações e personagens de surpresa ao longo da produção (como a casa na arvore, o lance da capsula do tempo e o melhor amigo de Peter), fazendo você ficar “O que rolou? De onde isso surgiu isso?”


Stormy é aquela pessoa que te joga pra cima, todo mudo necessita de alguém assim.

Mas para não ser injusto, o roteiro também traz algumas mudanças boas, como dar mais tempo para personagens um pouco apagados no primeiro filme, como Lucas e a Chris e uma maior profundidade à vilã da trama, Jean não fazendo dela só “a menina malvada”, além das ótimas conversas com a idosa Stormy, que surge como uma espécie de guia para Lara Jean.


Tudo o que eu pensei nessa cena, foi WTF?- Netflix

Também fiquei bastante divido na questão da direção. Creio que o novo diretor, Michael Filmognari, tentou deixar a estética exatamente igual a do primeiro filme, mas experimentou algumas coisas que não deram muito certo: o uso excessivo de montagens com música no começo (sério, nem dava para respirar e já tinha outra música); tomadas aéreas quase toda vez que alguém pegava o carro e aquela sequência, no qual Lara Jean quebra a quarta parede do nada. Porém o diretor tem seu ponto positivo na questão de conseguir dar uma dramaticidade maior à história. As brigas e conversas parecem ser reais e quando estamos sozinhos com Lara Jean, realmente parece que estamos em sua mente. Todas as cenas em casal transbordam química (seja com John Ambrose ou com o Peter Kavinski).


Não tem como não torcer para esses dois, merecem mais oportunidades- NYT

Sobre as atuações, Lana Condor é o fio guia desse filme. Para mim, ela consegue trazer toda a dramaticidade e indecisão que a personagem precisa nesse filme, sendo a melhor atriz desse longa (eu ainda não entendo porque a indústria não está chamando essa menina para outros projetos). Noah Centineo consegue trazer aquele Peter Kavinski do primeiro filme somente em alguns momentos românticos com Lara Jean, mas tirando isso, eu o achei meio apagado (parte disso é culpa do roteiro e da direção). Já o oposto ocorre com Jeremy Jordan, porque parece que o rapaz sabe da oportunidade que é esse papel e aproveitou cada fala que foi lhe dada se tornando John Ambrose, conseguindo trazer toda o carisma que o personagem tem e nos fazendo torcer por ele, além de ter uma química incrível entre ele e Lara Jean (sério, a cena do piano é o ápice disso).


Por fim, quero dizer que entre erros e acertos, o filme continua sendo um bom divertimento e que realmente espero que a história só aumente de qualidade nesse terceiro filme.


Texto: Marcos Paulo

Revisão: Tatiane Raquel

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